RETORNO DO DESENHO TRADICIONAL?

Até pouco tempo atrás, parecia que a batalha da representação arquitetônica tinha sido vencida pelos que optavam pelos renders. Muita gente hoje domina a técnica de produzir renders a partir de um aplicativo que roda sozinho ou de um plugin para os vários modeladores que existem, e depois tratá-lo em programas como Photoshop e similares, no que se costuma chamar de pós-produção. Não apenas os grandes nomes da renderizaçAo profissional, os Ronen Bekerman, Peter Guthrie e Mir da vida, mas estudantes de arquitetura interessados também produzem trabalhos de grande qualidade.

Que não se pense que tudo é obra da tecnologia. Um bom render depende da capacidade artística e do discernimento do autor quase tanto como dependiam as aquarelas e desenhos com lápis de cor da época em que eu era estudante formal (porque estudante eu continuo sendo).

Os perdedores aparentes dessa batalha eram os partidários do NPR (Non Photorealistic Render). Mas de repente começaram a aparecer desenhos com técnicas não realísticas (ou pelo menos não 100% realísticas) em tão grande número que já se pode falar em um movimento. Isso é notório não apenas nas escolas mas também na prática profissional, na produção de escritórios como Ted'A e Monadnock.

É algo que vale a pena olhar com cuidado. Certamente há lugar para esse tipo de representação. Há fases de um projeto que não devem ser apresentadas de modo realístico, assim como há tipos de projeto que são melhor ilustrados por desenhos não realistas.

Dois sites em que se encontra muitos exemplos desse tipo de desenhos são HIC e Koozarch.

E um bom texto publicado na revista Metropolis.

Marc Sanchez, Etsab, 4º curso, prof. Luis Alegre, publicado em HIC


Martina Dalla Bona & Alessia Cucciniello, Creative Tank Districtpublicado em Koozarch


Matthew Glover, Regeneration of the former Odeon cinema, Northumbria Universitypublicado em Koozarch


Ted'A Arquitectes, Escola Crissier



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